domingo, 30 de maio de 2010

LENDA DE XANGÔ


Xangô

Deus do raio, do trovão, da justiça e do fogo. É um Orixá temido e respeitado, é viril e violento, porém, justiceiro. Costuma se dizer que Xangô castiga os mentirosos, os ladrões, os malfeitores. Seu símbolo principal é o machado de dois gumes, e a balança, símbolo da justiça. Tudo que se refere a estudos, a justiça, demandas judiciais, ao direito, contratos; pertencem a Xangô.

Ambicioso, chega ao poder destronando seu meio irmão Ajaka . Passa então a reinar com autoritarismo e tirania, não admitindo que suas atitudes fossem contestadas, o que possivelmente levou-o a cometer injustiças em suas decisões. Usa o poder do fogo como símbolo de respeito. Galante e sedutor, desperta a paixão de Obá , a primeira de suas três esposas. Depois vieram Oxum e Oyá.

Embora de tendências suicidas, não chega a se matar, porque Oyá , percebendo suas intenções, intercede junto a Olodumaré e consegue livrá-lo da morte, transformando-o em divindade.

ARQUÉTIPOS

Eloqüentes, sociáveis e bons ouvintes. Mas gostam sempre de dar a última palavra, mostrando também sua autoridade .Contraditórios, são aristocráticos e libertinos, infiéis em seus relacionamentos, mas conseguem estabelecer amizade duradoura. Volúveis, esquecem rapidamente as paixões passadas, estando sempre envolvidos em novas aventuras. E a paixão atual é sempre a maior, a única, a verdadeira...

São amados com a mesma facilidade que são odiados. Tem o poder de cativar as pessoas, causando inveja por onde passa.

LENDAS

Xangô era rei de Oyó , terra de seu pai. Sua mãe era da cidade de Empê, no território de tapa, por isso não era considerado filho legítimo da cidade. A cada comentário maldoso, Xangô cuspia fogo e soltava faíscas pelo nariz. Andava pelas ruas da cidade com seu Oxé, um machado de duas pontas, que tornava cada vez mais forte e astuto, onde havia um roubo, o rei era chamado e, com seu olhar certeiro, encontrava o ladrão onde quer que estivesse. Para continuar seu reinado, Xangô defendia com bravura sua cidade; chegou até a destronar seu próprio irmão, Dadá, de uma cidade vizinha para ampliar seu reino. Com o prestígio conquistado, Xangô ergueu um palácio com cem colunas de bronze, no alto da cidade de Kossô , para viver com suas três esposas: Oyá (amiga e guerreira), Oxum (vaidosa e faceira) e Obá (amorosa e prestativa). Para prosseguir com suas conquistas, Xangô pediu ao Babalaô de Oyó um feitiço para aumentar seus poderes; este lhe entregou uma caixinha de bronze, recomendando que só fosse aberta em caso de extrema necessidade de defesa. Curioso, Xangô contou a Oyá o ocorrido e ambos, não se contendo, abriram a caixa antes do tempo. Imediatamente começou a relampejar e trovejar; os raios destruíram o palácio e a cidade, matando toda a população. Não suportando tanta tristeza, Xangô afundou terra adentro, retornando ao Orum.

Oferenda: ensopado de carne de peito de gado com mostarda, 06 bananas, 01 maça, pirão d´água , tudo arranjado dentro de uma gamela de madeira.

Local de entrega: Pedreiras de praia, pedreiras de mato.

Domínio: Responde no Mato com Oyá e Oba, por demandas, eguns , carregos.

Responde do Cemitério com Iansã, por demandas, eguns , cargas, malefícios.

Responde na pedreira com Oxum e Iansã, por dinheiro, justiça, negócios e equilíbrio.

Orixá da justiça, muito invocado, para resolvermos, problemas trabalhistas, ações da justiça, cobranças monetárias, cobranças de todo tipo de dívida, usado também, para se retirar eguns , axés de miséria e desequilíbrio mental (junto com Yemanjá ).

Dono do acordo, muito requisitado também para promover negócios, acordos, acertos, empreendimentos, vendas. Orixá temido e respeitado por todos.

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