domingo, 13 de junho de 2010

ÁRVORE GENILÓGICA DA CABINDA NO RIO GRANDE DO SUL

ESSE SÃO AS PESSOAS QUE FIZERAM A IMANTAÇÃO DA RELIGIÃO AFRICANA DE CABINDA NO RIO GRANDE DO SUL PODEMOS CITAR DIVERSOS NOMES QUE CONTRIBUIRAM E AINDA CONTRIBUI PARA O CRESCIMENTO DESTA RELIGIÃO DOS ORIXAS.






(POSTÚMA)VALDEMAR D´XANGÔ CAMUCÁ (CONSIDERADO REI DA NAÇÃO DE CABINDA NO RIO GRANDE DO SUL)
(POSTÚMA)PALMIRA D´OXUM EPANDÁ
(POSTÚMA)HENRIQUE CASEMIRO D´OXUM PANDÁ
(POSTÚMA) JOÃO CARLOS FLORES D´OXALÁ
(POSTÚMA)  PAI SANDRO D´ BARÁ

PODEMOS CITAR VARIOS NOMES QUE SEGUIRAM DESDE VALDEMAR D`KAMUCÁ BARUÁLOFINA TAIS COMO :
DE BARÁ: NAZARIO, OTACÍLIA, TUIA, NENENA AIRTON...    

DE OGUM: GUARACÍ, ODILON, HELÍO., IVÓ, TUREBÁ...          

DE OIÁ: JAIME, NORMA, GRINGA,

DE XANGÔ:CLOVÍS (PELOTAS), DIDI...  

DE ODÉ E OTIM: ELVIRA, OTOMAR, CIÇA, ZIZA, LUIZ ...         

DE OBÁ: MARLENE, LISA...                                                             
    
 DE OSANHA: NAIR, JOÃOZINHO, MIRO, AMARELO...                  

DE XAPANÃ:ANTONIO, GRATULINA, DINORÁ, BELA..           

DE OXUM: AILTON, ALEXANDRE, LUIZ CARLOS...                   

DE IEMANJÁ: ODILON ENÍ, PAULINHO, NILZA...                     
           D
E OXALÁ: ROMARIO, JORGE, PAULO, NECI(PELOTAS)...                
      
        
   
         

        
    
       
 


terça-feira, 1 de junho de 2010

RESPEITO SIM ! TOLERÂNCIA NÃO !


Respeito Sim! Tolerância Não!


Neste lugar estão aqueles que não aceitam a tolerância em quaisquer tipos de escolhas, de opções, de sexualidade, de religiosidade, de naturezas.

Este é o movimento dos “basta!”, “chega!” e “não!”.

Basta de falsa paz, de falsa aceitação. Basta de hipocrisia e de medo.

Chega de falsidade, de olhares tortos. Chega de querer que todos tenham as mesmas escolhas e os mesmos caminhos.

Não à convivência forçada, não ao moralismo pobre. Não ao individualismo e ao preconceito.

Aqui estão os que rejeitam a tolerância, pois ela é o limite da coexistência. É o fósforo próximo à pólvora. O punho cerrado frente às diferenças.

Por isso, não queremos ser tolerados.

Exigimos RESPEITO.

CONFIRA O BLOG DE PAI PEDRO DE OXUM DOCÔ
http//respeitosimtolerancianao.blogspot.com/

vamos fazer a diferença e lutar pelos nossos direito religioso, tanto se fala no brasil em acabar com o preconceito, mas a sociedade nos puni com ações que nós comprime em relação a nossa fé e opção religiosa. isso tem que ter um basta, mas devemos nos religiosos afirmar essa corrente pela luta de nossos direitos.

gostaria em meu nome de Bábáloríxá e dos Bábáloríxás da minha Goa, dar os parabéns a essa figura fantastica que e o SR° Pedro D´ Oxum Docô de Poa, por dar seguimento a essa luta.

domingo, 30 de maio de 2010

ARQUETIPO DOS ORIXAS/PESSOAS


FILHOS DE BARÁ

Os filhos de Bará possuem um caráter ambivalente, ora são pessoas inteligentes ou compreensivas com os problemas dos outros, ora são bravas, intrigantes e ficam muito contrariadas. As pessoas de Bará não tem paradeiro, gostam de viagens, de andar na rua, de passear, de jogos e de bebidas. Quase sempre estão envolvidas em intrigas e confusões. Guardam rancor com facilidade e não aceitam ser vencidas. Por isso para ter-se um amigo ou um filho de Bará é preciso que se tenha muito jeito e compreensão ao tratar-se com ele.

FILHOS DE OGUM

Não é difícil reconhecer um filho de Ogum. Tem um comportamento extremamente coerente, arrebatado e passional, aonde as explosões, a obstinação e a teimosia logo avultam, assim como o prazer com os amigos e com o sexo oposto.
Os homens e mulheres que têm Ogum como seu Orixá de cabeça, vão ter comportamentos diferentes, de acordo com os segundos e terceiros Orixás que os influencia adjuntós (adjuntores). De qualquer forma, terão alguns traços comuns: são conquistadores, incapazes de fixar-se nu mesmo lugar, gostando de temas e assuntos novos, conseqüentemente apaixonados por viagens, mudanças de endereço e de cidade. Um trabalho que exija rotina tornará o filho de Ogum um desajustado e amargo. São apreciadores das novidades tecnológicas, são pessoas curiosas e resistentes, com grande capacidade de concentração no objetivo em pauta; a coragem é muito grande, a franqueza absoluta, chegando mesmo à falta de tato.

FILHOS DE IANSÃ

Arquetipicamente, Iansã é a mulher guerreira que, em vez de ficar no lar, vai à guerra. São assim os filhos de Iansã, que preferem as batalhas a grandes e dramáticas ao cotidiano repetitivo.
Costumam ver guerra em tudo, sendo, portanto competitivos, agressivos e dados a ataques de cólera. Enfrentam a guerra do dia-a-dia, os filhos de Iansã costumam ser meio individualistas, achando que com a coragem e a disposição para a batalha, vencerão todos os problemas, sendo menos sistemáticos, portanto, que os filhos de ogum.
São quase que invariavelmente de Iansã, os personagens que transformam a vida num buscar desenfreado tanto de prazer como dos riscos.
Ao mesmo tempo, quando rompem com uma ideologia e abraçam outra, vão mergulhar de cabeça no novo território, repudiando a experiência anterior de forma dramática e exagerada, pode acontecer com os filhos de Iansã num dado momento de sua vida, tão ou mais radical ainda que a anterior.
O temperamento dos que têm Oyá como Orixá de cabeça, costuma ser instável, exagerado, dramático em questões que, para outras pessoas não mereceriam tanta atenção e, principalmente, tão grande dispêndio de energia.
São do tipo Iansã, aquelas pessoas que podem ter um desastroso ataque de cólera no meio de uma festa.
Como esse arquétipo que gera muitos fatos, é comum que pessoas de Iansã surjam freqüentemente nos noticiários. Ao mesmo tempo, é um caráter cheio de variações, de atitudes súbitas e imprevisíveis que costumam fascinar (senão aterrorizar) os que os cercam e os grandes interessados no comportamento humano.Os Filhos de Iansã são atirados, extrovertidos e chocantemente diretos. A longo prazo, um filho de Iansã sempre acaba mostrando cabalmente quais seus objetivos e pretensões.
São muito ciumentos, possessivos, muitas vezes se mostrando incapazes de perdoar qualquer traição.
Ao mesmo tempo, costumam ser amigos fiéis para os poucos escolhidos para seu circulo de mais íntimo.
Um problema, porém, pode atrapalhar tudo: a inconstância com que vê sua vida amorosa.
Todas essas características criam uma grande dificuldade de relacionamentos duradouros com os filhos de Iansã, não há ética que segure os filhos de Iansã, dispostos a destruir tudo com seu vento forte e arrasador.

FILHOS DE XANGÔ

Pessoa forte com discreta tendência a obesidade, com estrutura óssea bem desenvolvida, sendo fácil identificado visualmente, pela aparência ou modo de andar. A mulher, filha de Xangô, tem tendência a falta de elegância, não que tenham dificuldade de reconhecer roupas bonitas, tendo muitas vezes uma vaidade intrínseca especial, que custa caro. Por causa do tipo físico de Xangô, suas filhas, tendem a ter um jeito masculino de andar, não caracterizando preferência sexual.
Seus filhos são mulherengos (os homens), já suas filhas são belíssimas amantes, não costumam ser conhecidas socialmente e não são dadas a aventuras. São honestos e sinceros em seus relacionamentos mais duradouros, pois o sexo, para eles é de vital importância, porém depois de satisfazer o desejo, o coloca em segundo plano.
Apresentam altas doses de energia e grande auto-estima, julgando-se importantes. Suas opiniões são decisivas, em quaisquer situações ou assuntos, sendo às vezes egocêntricos.
Quando chamado a opinar, opinam segundo seu modo de ver e entender o caso, dando a última opinião ou veredicto e terminam o assunto, deixando a outra parte sem saber o que fazer. Quase sempre intervem de forma violenta, em suas opiniões, resolvendo tudo de forma demolidora e rápida, e neste momento, quando todos acatarem sua resolução, retoma seu comportamento usual.

FILHOS DE ODÉ

O filho de Odé apresenta em seu arquétipo as características atribuídas ao orixá. Representa o homem impondo a marca sobre o mundo selvagem, nele intervindo para sobreviver, mas sem alterá-lo. Odé desconhece a agricultura, não muda o solo para nele plantar, apenas recolhe o que pode ser imediatamente consumido, a caça.
Psicologicamente identifica-se um filho de Odé pela sua necessidade de independência, sua necessidade de serem livres. Os filhos de Odé normalmente se comportam como um caçador à espreita, tem gosto pelo silêncio e observação, geralmente associados, entretanto, a pessoas jovens e ágeis, tanto mental como fisicamente. Possuem grande capacidade de concentração e firme determinação de alcançar seus objetivos, além da paciência típica do caçador para aguardar o momento certo do ataque.
Assim como o orixá, seus filhos não são guiados pelo poder ou ambição, mas sim pela simples necessidade de sobrevivência, não sonham muito, mas sabem exatamente quando e como agir para alcançar seus objetivos. São muito discretos quanto as suas sensações e seus comentários, são pessoas reservadas, não gostam de julgar ninguém.
Não se entusiasmam em trabalhos de equipe, preferem estar sozinhos, porém com grande senso de responsabilidade, pois seu traço principal é o de provedor. Podem ser paternais, porém não no sentido de intimidade com a família, mas sim aquele que trabalha para que nada lhes falte. Os relacionamentos para os filhos de Odé normalmente são entendidos como a soma de duas individualidades que nunca se misturam, sendo assim sempre buscam pessoas que, assim como eles, possuam o gosto pela liberdade e camaradagem.
Na vida social são pessoas muito alegres e extrovertidas, gostando de viver sozinhas e preferindo receber um grupo limitado de amigos. São o tipo coerente com as pessoas que lidam em com a realidade material, sonham pouco, têm os pés ligados à terra.


FILHOS DE OBÁ

As Pessoas pertencentes a este Orixá são lutadoras, bravas, um tanto agressivas, o que as levam a serem pouco compreendidas. Frequentemente tendem a ter experiências infelizes e amargas. São ciumentas, pois são muito zelosas com tudo o que lhes pertencem. Porém, pessoas de grande valor e dedicação. Tendem a alcançar os seus ideais no sentido mais material do que sentimental, embora encontrem a razão e compreensão para suas frustrações no sucesso material.

FILHOS DE OSSANHE

O arquétipo psicológico associado a Ossanhe é o das pessoas de caráter equilibrado, capazes de controlar seus sentimentos e emoções.
Os filhos de Ossanhe são aqueles que não permitem que suas simpatias e antipatias subjetivas e individuais intervenham em suas decisões ou influenciem as suas opiniões sobre pessoas e acontecimentos.
Essa capacidade de discernimento frio e racional, porém, é o responsável pela sua falta de interesse em mexericos ou falatórios. O tipo de Ossanhe é o de mais reservado. Não é introvertido, mas não se faz notar pela atividade social.
O filho de Ossanhe tem certa atração pela religiosidade e pelos aspectos ritualísticos da realidade em geral. A ordem, os costumes, as tradições e os gestos marcados e repetitivos, o fascinam, não no sentido especificamente reacionário das pessoas que querem a repetição das mesmas e imutáveis relações sociais ad eternum, mas no que elas têm de místico, de teatral. É conseqüentemente, meticuloso nunca se deixando levar pela pressa ou pela ansiedade, pois é caprichoso.

FILHOS DE XAPANÃ

Os filhos de Xapanã são: ”pessoas que não conseguem viver satisfeitas quando tudo vai bem para elas. Podem até atingir uma bela situação material e em um belo dia, rejeitar tudo, por causa de certos escrúpulos imaginários. São pessoas que, em certos casos, se sentem capazes de consagrar o bem-estar aos outros, fazendo completa abstração de seus próprios interesses vitais”.
É possível a autopunição dos filhos de Omulú, principalmente em seus casamentos, pois não é raro apaixonarem-se por pessoas extrovertidas e sensuais, como as filhas de Oxum ou Iansã, que ocupam naturalmente o centro do palco, reservando ao parceiro um papel mais discreto. Gostam de ver a pessoa amada brilhar, porém a invejam, vivendo com muita insegurança.
Os filhos de Omulú, como os de Ossanhe, cultuam sua individualidade, são austeros e causam medo aos outros. São irônicos, secos e por vezes discretos

FILHOS DE OXUM

Oxum se aproxima da imagem que se tem de um rio, das águas que são seu elemento, aparência calma que pode esconder correntes, buracos no fundo, grutas – tudo que não é nem reto nem direto, mas pouco claro em termos de forma, cheio de meandros. Os filhos de Oxum preferem contornar habilmente um obstáculo a enfrentá-lo diretamente.
A imagem doce, que esconde uma determinação forte e uma ambição bastante marcante colabora a tendência que os filhos de Oxum te para engordar; gostam da vida social, das festas e dos prazeres em geral.
O sexo é importante para os filhos de Oxum. Eles tendem a ter uma vida sexual intensa e significativa, mas diferentes dos filhos de Iansã ou Ogum.
Os filhos de Oxum são mais discretos, pois, assim como apreciam o destaque social, temem os escândalos ou qualquer coisa que possa denegrir a imagem de inofensivos, bondosos, que constroem cautelosamente.
Na verdade os filhos de Oxum são narcisistas demais para gostarem muito de alguém que não seja eles próprios – mas sua facilidade para a doçura, sensualidade e carinho pode fazer com que pareçam os seres mais apaixonados e dedicados do mundo.
Verger define: O arquétipo de Oxum é o das mulheres mais graciosas e elegantes, com paixão pelas jóias, perfumes e vestimentas caras.
Até um dos defeitos mais comuns associados à superficialidade de Oxum é compreensível como manifestação mais profunda.

FILHOS DE IEMANJÁ

Os filhos de iemanjá se mostram mais diretos. São capazes de fazer chantagens emocionais, mas nunca diabólicas. A força e a determinação fazem parte de seus caracteres básicos, assim como o sentido da amizade e do companheirismo.
Como são pessoas presas ao arquétipo da mãe, a família e os filhos têm grande importância na vida dos filhos de Iemanjá. A relação com eles pode ser carinhosa, mas nunca esquecendo conceitos tradicionais como respeito e principalmente hierarquia.
São pessoas que não gostam de viver sozinhas, sentem falta da tribo, costumam por isso casar ou associar-se cedo.
Apesar do gosto pelo luxo, não são pessoas obcecadas pela própria carreira, sem grandes planos para atividades a longo prazo, a não ser quando se trata do futuro de seus filhos e entes próximos.
Mas nem tudo são qualidades em Iemanjá, como em nenhum orixá. Seu caráter pode levar o filho desse orixá a ter uma tendência a tentar concertar a vida dos que ao cercam – o destino de todos estariam sob sua responsabilidade. Os filhos de Iemanjá demoram muito para confiar em alguém, bons conhecedores que são da natureza humana. Quando finalmente passam a aceitar uma pessoa no seu verdadeiro e íntimo circulo de amigos, porém deixam de ter restrições, aceitando-a completamente e defendendo-a, seja nos erros como nos acertos, tendo grande capacidade de perdoar as pequenas falhas humanas.
Um filho de Iemanjá pode tornar-se rancoroso, remoendo questões antigas por anos e anos sem esquece-las jamais.

FILHOS DE OXALÁ

Oxalá é o pai dos Orixás e, por extensão, de toda a humanidade. Estabelece, pois, entre si e os outros, uma aura não de temeridade, mas sim de carinho. Os filhos de Oxalá, portanto, são pessoas tranqüilas, com tendência a calma, até nos momentos mais difíceis; conseguem o respeito mesmo sem que se esforcem objetivamente para obtê-lo. São amáveis e pensativos, mas nunca de maneira subserviente.
Sabem argumentar bem, são reservados, mas raramente orgulhosos. Seu defeito mais comum é a teimosia, será difícil convencê-los de que estão errados ou que existem outros caminhos para a resolução de um problema.
No Oxalá mais velho a tendência se traduz em ranzinzice e intolerância, enquanto no Oxalá novo tem um certo furor pelo debate e pela argumentação.
Fisicamente, os filhos de Oxalá tendem a apresentar um porte majestoso ou no mínimo digno, principalmente na maneira de andar e não na constituição física; não é alto e magro como o filho de Ogum, nem tão compacto como os filhos de Xangô. Às vezes, porém, essa maneira de caminhar e postar-se dá lugar a alguém com tendência a ficar curvado como se o peso de toda uma longa vida caísse sobre seus ombros, mesmo se tratando de alguém muito jovem

LENDA DE OXALÁ


Oxalá

"O grande Orixá", ocupa uma posição única. O mais importante Orixá e o mais elevado dos deuses yorubás . É o dono da argila e da criação, onde molda os seres humanos em barro.

Senhor do silêncio, do vácuo frio e calmo , onde as palavras não podem ser ouvidas. Por apreciar muito o vinho de palma, embriagando-se freqüentemente, perdeu a chance de criar a terra e tornou-se responsável pela moldagem das pessoas e ficou proibido de beber o vinho. Teimoso, às vezes passa por cima dessas regras. Pessoas com defeitos de nascença, provocados por ele, lhe pertencem. Ele as protege para se redimir. Muda de nome conforme a situação .

ARQUÉTIPOS



Os filhos deste Orixá são pessoas calmas e dignas de confiança. São dotados de grande sabedoria, pois estão sempre buscando os significados de tudo o que ocorre ao seu redor, não cansam de estudar e buscar o conhecimento, mesmo com a tendência de serem preguiçosos.

O trabalho braçal não os atrai, preferem buscar lugares onde possam colocar as suas idéias e projetos em atividade. São ótimos projetistas e organizadores. Seus principais defeitos são: preguiça, teimosia e lentidão. Por serem calmos, nunca se deve abusar da paciência, pois quando acaba...

LENDAS

Oxalá era um rei muito idoso que andava com dificuldade, apoiado em seu cajado, o opaxorô . Um dia, sentindo saudades do filho Xangô, resolveu visitá-lo. Como era costume na terra dos Orixás, consultou um babalaô para saber como seria a viagem. Este recomendou que não viajasse. Mas, como o Orixá teimasse em ver o filho, foi instruído a levar três roupas brancas e limo da costa (pasta extraída do caroço de dendê) e fazer tudo o que lhe pedissem. Com essas precauções, o Orixá partiu e, no meio do caminho, encontrou Exu elepô , dono do azeite-de-dendê, sentado a beira da estrada, com um pote ao lado. Com boas maneiras, ele pediu a Oxalá que o ajudasse a colocar o pote nos ombros. O velho Orixá, lembrando as palavras do babalaô , resolveu auxiliá-lo; mas exu elepô, que adora brincar. Derramou todo o dendê sobre Oxalá. O Orixá manteve a calma, limpou-se no rio com um pouco do limo, vestiu outra roupa e seguiu viagem. Mais adiante encontrou exu onidu , dono do carvão, e exu aladi , dono do Óleo do caroço de dendê. Por duas vezes mais foi vitima dos brincalhões e procedeu como da primeira vez, limpando-se e vestindo roupas limpas, continuando sua caminhada rumo ao reino de Xangô. Ao se aproximar das terras do filho, avistou um cavalo que conhecia muito bem, pois presenteara Xangô com o animal tempos atrás. Resolveu amarrá-lo para levá-lo de volta, mas foi mal interpretado pelos soldados, que julgaram-no um ladrão. Sem permitir explicações, eles espancaram o velho ate quebrar seus ossos e o arrastaram para a prisão. Usando seus poderes, Oxalá fez com que não chovesse mais desse dia em diante; as colheitas foram prejudicadas e as mulheres ficaram estéreis. Preocupado com isso, Xangô consultou seu babalaô e este afirmou que os problemas se relacionavam a uma injustiça cometida sete anos antes, pois um dos presos fora acusado de roubo injustamente. O Orixá dirigiu-se a prisão e reconheceu o pai. Envergonhado, ordenou que trouxessem água para limpá-lo e, a partir desse dia, exigiu que todos no reino se vestissem de branco em sinal de respeito ao pai, como forma de reparar a ofensa cometida. É por isso que em todos os terreiros do Brasil comemora-se as águas de Oxalá, cerimônia na qual todos os participantes vestem-se de branco e limpam seus apetrechos com profunda humildade para atrair a boa sorte para o ano todo.

Oferenda: Cangica branca, cocadas, flores brancas, mel, tudo enfeitado em uma bandeja com papel branco.

Local de Entrega: Na beira de água doce ou salgada.

Domínio: Cabeça, mente, cérebro, pensamento, harmonia, clareza, paz.

Responde com Oyá: pela verdades que devem ser mostradas.

Responde com Odé: pelas coisas difíceis de resolver e achar o caminho.

Responde com Oxum: pela união harmoniosa do mundo e do lar, pela prosperidade material.

Responde com Yemanjá: pelos pensamentos, problemas cerebrais, depressões, harmonia e diálogo em família, sócios, amigos, pela paz mundial e pela fartura espiritual.

LENDA DE IEMANJA


Yemanjá

Seu nome significa ama dos filhos-peixes.

Originária do rio Ogum, em Abeokutá, Nigéria, tem seus domínios nas profundezas das águas, de onde emerge para atender seus devotos, principalmente as mulheres, que atribuem a ela poderes que favorecem a fertilidade e a fecundidade.

É maternal, sempre pronta para amamentar as crianças sob seu domínio. Mas mesmo sendo delicada, mantêm-se de espada em punho para defender seus filhos.

ARQUÉTIPOS

São autoritários e persistentes em relação aos filhos, são preocupados, responsáveis e decididos. São amigos e protetores e chegam às vezes, quando mulheres, a se comportarem como super mães. São agressivos e até traiçoeiros, quando a segurança dos filhos e da família está em jogo. São faladores e não gostam de solidão.

LENDAS

Filha de Olokum , deusa do mar, Iemanjá era casada com Olófim Oduduá com quem tinha dez filhos Orixás. Por amamentá-los, ficou com seios enormes. Impaciente e cansada de morar na cidade de Ifé, ela saiu em rumo oeste, e conheceu o rei Okerê; logo se apaixonaram e casaram-se. Envergonhada de seus seios, Iemanjá pediu ao esposo que nunca a ridicularizaria por isso. Ele concordou, porém, um dia, embriagou-se e começou a gracejar sobre os enormes seios da esposa. Entristecida, Iemanjá fugiu. Desde menina, trazia numa garrafa uma poção, que o pai lhe dera para casos de perigo. Durante a fuga, Iemanjá caiu; quebrando a garrafa; a poção transformou-a num rio, cujo leito seguia em direção ao mar. Ante o ocorrido, Okerê, que não queria perder a esposa, transformou-se numa montanha para barrar o curso das águas. Iemanjá pediu ajuda ao filho Xangô, e este, com um raio, partiu a montanha no meio; o rio seguiu para o oceano e, dessa forma, a Orixá tornou-se a rainha do mar, onde vive aos cuidados de Oxalá.

Oferenda: cangica branca, mel, merengues, flores, perfumes, espelhos, tudo bem ajeitado em uma bandeja decorada com papel azul.

Local de entrega: praias de água salgada.

Domínio: Somente responde no mar, ou em rios que seguem ao mar.

Responde com Bará Ajelú , para prosperidade;

Responde com Ogum Adiolá , por crescimento, proteção;

Responde com Odé, pelas crianças e fartura material;

Responde com Oxum pelas famílias, crianças e lares;

Responde com Oxalá, pela humanidade, clareza e paz mundial.

O mais conhecido e verenado Orixá no Brasil, dona do pensamento, rege o cérebro com Oxalá, harmoniza as pessoas, traz paz e tranquilidade . Traz noticías e novidades. Dá direção aos perdidos, resgata a fé das pessoas, acalma famílias, rebusca as pessoas para que busquem o seu crescimento espiritual e harmonizem-se. Nos dá fartura na vida, fartura de conhecimento de vontade de viver, nos defende de inimigos ocultos, nos livra da loucura e dos maus pensamentos.

LENDA DE OXUM


Oxum

Senhora da fertilidade, da gestação e do parto, cuida dos recém nascidos, lavando-os com suas águas e folhas refrescantes. Jovem e bela mãe, mantém suas características de adolescente. Cheia de paixão, busca ardorosamente o prazer. Mulher vaidosa, é a mais bela das divindades e a própria malícia.

É sensual e exibicionista, consciente de sua rara beleza, e se utiliza desses atributos com jeito e carinho para seduzir as pessoas e conseguir seus objetivos.

ARQUÉTIPOS

Pessoas graciosas e elegantes, com paixão pelas jóias, perfumes e vestimentas caras. São o símbolo do charme e da beleza. Voluptuosos e sensuais, porém mais reservados que Oyá. Sob a aparência graciosa e sedutora, escondem uma vontade muito forte e um desejo de ascensão social.

LENDAS

Quando Oxalá estava criando o mundo, escolheu Oxum para ser a protetora das crianças. Ela deveria zelar pelos pequeninos desde o momento da concepção, ainda no ventre materno, até que pudessem usar o raciocínio e se expressar em algum idioma. Por isso, Oxum é considerada a deusa da fertilidade e da maternidade. Por sua beleza é também tida como a deusa da vaidade, sendo sempre representada por uma figura jovem e bonita, olhando-se em seu espelhe e abanando-se com seu leque. Segunda esposa de Xangô, considerada a mais bela de todas, teria sido presa pelo marido ciumento na torre do castelo que habitavam. Passando por ali, Bará ouviu o choro de Oxum e quis saber a razão de sua tristeza. Após ouvir a história, pediu a Oxalá que intercedesse por ela. Este assim o fez, espalhando sobre Oxum um pó mágico que a transformou em pomba, possibilitando sua fuga. Por isso a pomba é considerada um animal sagrado.

Oferenda: cangica amarela, mel, quindins, flores, perfumes, tudo ajeitado em uma bandeja enfeitada com papel amarelo.

Local de entrega: rios, cachoeiras, praias.

Domínio: Responde com Bará Ajelú , pelas crianças, aberturas de caminhos e dinheiro; Responde com Xangô na pedreira, pelos negócios, justiça e crianças;

Responde na mata com Ossanha , pelos negócios, dinheiro, saúde.

Responde nas águas com Yemanjá e Oxalá, por clareza, fertilidade, prosperida , paz e harmonia.

Oxum uma das divindades mais homenageadas e aclamadas do panteão africano, por ser ela dona do ouro, amor e fertilidade. Inovada para resolver problemas amorosos, financeiros e saúde em crianças, bem como problemas com gravidez. Grande mãe do amor, sempre socorre a todos, ajudando em todas as causas, como tem ligação com todos os demais Orixás, nada lhe passa desapercebido e não há nada que não consiga

LENDA DE XAPANÃ


Xapanã

Xapanã quer dizer "rei e dono da terra".

Sua veste é palha e esconde o segredo da vida e da morte.

Está relacionado à terra quente e seca, como o calor do fogo e do sol - calor que lembra a febre das doenças infecto-contagiosas. Domina completamente as doenças que rege. Ao mesmo tempo em que as causa, tem poder de cura sobre elas.

ARQUÉTIPOS

Nunca estão totalmente satisfeitos. Sempre querem mais. Mesmo quando acham que tudo está contra eles, persistem em seus propósitos.

Para os filhos de Xapanã Importam os fins, não os meios.

Aparentemente fortes, são, na verdade, frágeis e volúveis e se sujeitam a rígidas disciplinas e regras morais.

LENDAS

Oxum era considerada a deusa mais guerreira de Daomeh. Um dia, ela foi conquistar o reino de Oxalá e se apaixonou por ele. Mas este não queria se envolver com outro Orixá que não fosse sua amada esposa Iemanjá. Por isso, explicou tudo a Oxum, mas ela não se fez de rogada. Sabendo que Oxalá adorava vinho de palma, embriagou-o. Ele ficou tão bêbado que se deixou seduzir por Oxum, que acabou ficando grávida. Mas por ter feito isto, foi castigada e deu a luz a um menino horrível, não suportando vê-lo, lançou-o no rio. O menino foi mordido por caranguejos, ficando todo deformado. Por sua terrível aparência, passou a viver longe dos outros Orixás. De tempos em tempos, os Orixás se reuniam para uma festa. Todos dançavam, menos Xapanã, que ficava espreitando da porta, com vergonha de sua feiúra. Ogum percebeu o que acontecia e, com pena, resolveu ajudá-lo, trançando uma roupa de palha da costa, que lhe cobriu todo o corpo. Com este traje, ele voltou a festa e despertou a curiosidade de todos, que queriam saber quem era o Orixá misterioso. Iansã, a mais curiosa de todos, aproximou-se, e neste momento, formou-se um turbilhão e o vento levantou a palha, revelando um rapaz muito bonito. Desde então, os dois Orixás vivem juntos, e os dois passaram a reinar sobre o reino dos mortos.

Oferenda: feijão, amendoim, milho (todos torrados), pipocas, tudo ajeitado em uma bandeja enfeitada com papel, lilás, lilás e preto ou preto e vermelho.

Local de Entrega: Cruzeiro (muito raro), entrada de mata, dentro da mata fechada, cemitério (raro);

Domínio: No cruzeiro com Bará, Iansã e Oba, abrir caminhos, descarregos, eguns.

Na mata com Oxum, Oyá, Ossanha, descarregos, eguns, saúde;

No cemitério com Iansã, eguns, carregos, saúde;

Por ser Xapanã o Orixá da vida e da morte, é muito respeitado, ele faz a transmutação da matéria em espírito e espiritualiza o ser humano através do sofrimento. Sempre usado nas limpezas, contra feitiçarias, eguns. Para curar doenças de pele, câncer e qualquer doença degenerativa.

Xapanã é passagem de Oxalá, sendo ele que sofreu as penitências de Oxalá na terra, exige muito respeito e ordem dentro das obrigações religiosas. Orixá detentor de axé de vida de progresso bem como evolução do ser humano e espíritos.

LENDA DE OSSANHA


Ossanha

Divindade das folhas medicinais e liturgicas. Detentor do axé (força, poder, vitalidade). Seu símbolo é uma vara de ferro com sete pontas dirigidas para cima, com a imagem de uma pomba na ponta central.

Dono dos segredos e das folhas, é considerado “médico”. Sua importância é tão fundamental, que nenhuma cerimônia pode ser feita sem a sua presença.

ARQUÉTIPOS

Pessoas de caráter equilibrado, capaz de controlar seus sentimentos e emoções, defensor da natureza, porém sem julgar ou condenar.

As simpatias e antipatias jamais intervém em suas decisões ou influenciam suas opiniões.

LENDAS

Ossanha era o filho caçula de Iemanjá e Oxalá, e, desde pequeno, vivia no mato. Tinha uma habilidade especial para tratar qualquer doença, por isso viajava pelo mundo inteiro, sempre sendo recebido com carinho pelo rei de cada tribo. Ele recebeu de Olodumaré o segredo das folhas, assim, sabia qual delas curava doenças, trazia vigor ou deixava as pessoas mais calmas. Os outros Orixás invejavam o irmão, pois não tinham este poder e dependiam de Ossanha para ter sucesso. Ele cobrava por qualquer trabalho, aceitando mel, fumo e cachaça como pagamento pelas curas que realizava. Xangô, que era temperamental, não admitia depender dos serviços de Ossanha , e, por isso, pediu a sua esposa Oyá , Orixá dos ventos, para que as folhas voassem em direção a todos os Orixás, para que cada qual exercesse domínio sobre uma delas. Em meio à ventania, Ossanha repetia uma reza, enquanto cada Orixá se apossou de uma folha, mas com essa reza, Ossanha evitou que seu poder fosse distribuído entre os irmãos, pois só ele conhecia o axé de cada uma delas e o segredo de pronunciar essa reza de maneira a conservar o poder sobre elas. Com sua sabedoria, até hoje Ossanha permanece o rei das ervas, sendo considerado o Orixá da medicina.

Oferenda: pipocas, 01 opeté (batata inglesa cozida e amassada em forma de pêra), rodelas de lingüiça, figos, alface, tudo ajeitado em uma bandeja enfeitada com papel verde e amarelo.

Local de entrega: matas a beira de rio, dentro das matas.

Responde com Bára no cruzeiro, muito raro, para abrir caminhos para dinheiro.

Com Xangô e Oxum na pedreira, mata e cachoeira, para dinheiro e negócios.

Com Oxum e Ogum na mata para saúde.

Na praia com yemanjá para saúde da mente.

Orixá muito invocado para solucionar problemas de saúde em todos os sentidos, por ser ele o guardador do ouro de Oxum, também o oferendamos para que não nos deixe faltar o dinheiro para nossos gastos diários. Como já foi dito, Orixá indispensável em qualquer ritual, pois sendo ele dono das ervas, e conhecimentos de saúde, é impressindível sua presença.

LENDA DE OBÁ


Obá

Orixá de forte personalidade, intrigante, dona do corte da navalha, da roda, ela que faz a vida girar para frente ou para trás.

Primeira esposa de Xangô, a mais velha, nunca foi amada, por isso, é dona do amor impossível.

Arquétipos:

São pessoas envolventes, sedutoras, temperamento forte, objetivas, agressivas e temerosas ao mesmo tempo.

LENDA

Obá é a senhora da sociedade Elekoo , porém no Brasil esta sociedade está muito restrita, sendo assim, esta sociedade passou a cultuar Egum . Deste modo, Obá é a senhora da sociedade Lesse-Orixá. Ela é uma das três esposas de Xangô.

Oxum aconselhou a ela que retirasse uma das orelhas para dar a Xangô em um prato de Amalá, ela o fez, quando viu que Oxum não tinha feito isso antes, evocou-se e as duas brigaram, Xangô em sua ira as expulsou de casa, transformando-as em dois rios.

Obá usa a festa da fogueira de Xangô para poder levar suas brasas para seu reino, desta forma é considerada uma das esposas de Xangô mais fiéis a ele.

Oferendas: Opelé ( cangica amarela cozida, feijão miúdo cozido, tudo misturado com dendê e tempero verde. Tudo arrumado em uma bandeja enfeitada com um papel rosa.

Local de entrega: Encruzilhadas no canto, entradas de matas e dentro do mato.

Domínio: dona do corte, daquilo que era seu e foi pra sempre, dona da navalha, brigas, término de acordos, alianças, contratos, dona do amor impossível, diferente.

Após Bará abrir o caminho e Oyá impulsionar, chega a vez de Obá , nos levar a frente, atrás da indicação de Odé .

Responde do cruzeiro com Bará , pela abertura de caminhos e vitórias.

Na mata com Ogum, Xangô, Oyá , eguns , carregos, demandas.

Orixá muito usado, para amenizar conflitos entre pessoas, defesa em veículos, viagens, para abrir caminhos, solucionar coisas difíceis, separar e unir coisas e pessoas.

LENDA DE ODÉ E OTIM



Odé / Otim

Senhor das florestas, seu habitat natural , onde vive e caça.

É a divindade da harmonia e do equilíbrio, protegendo os caçadores e a caça ao mesmo tempo, aceitando somente a busca pelo alimento.

Está associado com a vida ao ar livre e com os elementos da natureza.

Como bom caçador, é solitário e individualista. Mas não dispensa o convívio social e nunca vive sem um grande amor.

ARQUÉTIPOS:

Solitários, no trabalho exigem silêncio e concentração. Observadores e joviais, ágeis e espertos, estão sempre atentos. Seus objetivos estão em primeiro lugar. São líderes e independentes ao mesmo tempo em que são pacientes com as pessoas, são rápidos e espontâneos nas ações.

Comunicativos e ordeiros, amantes e sonhadores, no fundo são pessoas românticas e vaidosas, que passa por esnobes e exibicionistas e que necessitam do convívio social para exercitar suas qualidades de liderança.

LENDAS:

A cada ano, após a colheita, o rei de Ijeshá saudava a abundância de alimentos com uma festa, oferecendo a população inhame, milho e coco. O rei comemorava com sua família e seus súditos; só as feiticeiras não eram convidadas. Furiosas com a desconsideração, enviaram para festa um pássaro gigante, que pousou no teto do palácio, encobrindo e impedindo que a cerimônia fosse realizada. O rei mandou chamar os melhores caçadores da cidade. O primeiro tinha vinte flechas. Ele lançou todas elas, mas nenhuma acertou o grande pássaro. Então o rei aborreceu-se, mas mandou-o embora. Um segundo caçador apresentou-se, este com quarenta flechas; o fato se repetiu e o rei mandou prende-lo. Bem próximo dali vivia Odé, (Oxosse) um jovem que costumava caçar a noite, antes do sol nascer; ele usava apenas uma flecha vermelha. O rei mandou chamá-lo para dar fim ao pássaro. Sabendo da punição imposta aos outros caçadores, a mãe de Odé , temendo pela vida do filho, consultou um babalaô e os búzios mostraram que se fosse feita uma oferenda para as feiticeiras, ele teria sucesso. A oferenda consistia em sacrificar uma galinha, e na hora da entrega dizer três vezes: que o peito do pássaro receba esta oferenda! Nesse exato momento, Odé deveria atirar sua única flecha. E assim o fez, acertando o pássaro bem no peito. O rei, agradecido pelo feito, deu ao caçador metade da sua riqueza e a cidade de Keto , “Terra dos panos vermelhos” , onde Odé governou até sua morte, tornado-se depois um Orixá.

Otim foi criada pela imaginação de Odé , pois era muito sozinho. Ele imaginou tanto e com tanta vontade uma companheira, que Otim apareceu para ele, sendo o único Orixá que não esteve viva na Terra. A função de Otim é levar água para os Orixás.

Oferenda: mia-miã doce (farinha de mandioca torrada com mel), costela e chuleta de porco, feijão miúdo torrado. Balas, bombons, pirulitos, tudo enfeitado um uma bandeja com papel, branco, azulão e rosa pink .

Local de entrega: mato de beira de praia, entrada de matas, aos pés de um coqueiro e dentro da mata.

Domínio: Orixá protetor das crianças, nos traz felicidades, boas novas, notícias, indica caminhos novos, direção a seguir, traz fartura e bem estar, alegrias e felicidades.

Responde com Ogum no mato, por demandas, vitórias, notícias, encontrar algo escondido ou desaparecido.

Responde na praia com Yemanjá , pelas alegrias, bem estar, saúde.

LENDA DE XANGÔ


Xangô

Deus do raio, do trovão, da justiça e do fogo. É um Orixá temido e respeitado, é viril e violento, porém, justiceiro. Costuma se dizer que Xangô castiga os mentirosos, os ladrões, os malfeitores. Seu símbolo principal é o machado de dois gumes, e a balança, símbolo da justiça. Tudo que se refere a estudos, a justiça, demandas judiciais, ao direito, contratos; pertencem a Xangô.

Ambicioso, chega ao poder destronando seu meio irmão Ajaka . Passa então a reinar com autoritarismo e tirania, não admitindo que suas atitudes fossem contestadas, o que possivelmente levou-o a cometer injustiças em suas decisões. Usa o poder do fogo como símbolo de respeito. Galante e sedutor, desperta a paixão de Obá , a primeira de suas três esposas. Depois vieram Oxum e Oyá.

Embora de tendências suicidas, não chega a se matar, porque Oyá , percebendo suas intenções, intercede junto a Olodumaré e consegue livrá-lo da morte, transformando-o em divindade.

ARQUÉTIPOS

Eloqüentes, sociáveis e bons ouvintes. Mas gostam sempre de dar a última palavra, mostrando também sua autoridade .Contraditórios, são aristocráticos e libertinos, infiéis em seus relacionamentos, mas conseguem estabelecer amizade duradoura. Volúveis, esquecem rapidamente as paixões passadas, estando sempre envolvidos em novas aventuras. E a paixão atual é sempre a maior, a única, a verdadeira...

São amados com a mesma facilidade que são odiados. Tem o poder de cativar as pessoas, causando inveja por onde passa.

LENDAS

Xangô era rei de Oyó , terra de seu pai. Sua mãe era da cidade de Empê, no território de tapa, por isso não era considerado filho legítimo da cidade. A cada comentário maldoso, Xangô cuspia fogo e soltava faíscas pelo nariz. Andava pelas ruas da cidade com seu Oxé, um machado de duas pontas, que tornava cada vez mais forte e astuto, onde havia um roubo, o rei era chamado e, com seu olhar certeiro, encontrava o ladrão onde quer que estivesse. Para continuar seu reinado, Xangô defendia com bravura sua cidade; chegou até a destronar seu próprio irmão, Dadá, de uma cidade vizinha para ampliar seu reino. Com o prestígio conquistado, Xangô ergueu um palácio com cem colunas de bronze, no alto da cidade de Kossô , para viver com suas três esposas: Oyá (amiga e guerreira), Oxum (vaidosa e faceira) e Obá (amorosa e prestativa). Para prosseguir com suas conquistas, Xangô pediu ao Babalaô de Oyó um feitiço para aumentar seus poderes; este lhe entregou uma caixinha de bronze, recomendando que só fosse aberta em caso de extrema necessidade de defesa. Curioso, Xangô contou a Oyá o ocorrido e ambos, não se contendo, abriram a caixa antes do tempo. Imediatamente começou a relampejar e trovejar; os raios destruíram o palácio e a cidade, matando toda a população. Não suportando tanta tristeza, Xangô afundou terra adentro, retornando ao Orum.

Oferenda: ensopado de carne de peito de gado com mostarda, 06 bananas, 01 maça, pirão d´água , tudo arranjado dentro de uma gamela de madeira.

Local de entrega: Pedreiras de praia, pedreiras de mato.

Domínio: Responde no Mato com Oyá e Oba, por demandas, eguns , carregos.

Responde do Cemitério com Iansã, por demandas, eguns , cargas, malefícios.

Responde na pedreira com Oxum e Iansã, por dinheiro, justiça, negócios e equilíbrio.

Orixá da justiça, muito invocado, para resolvermos, problemas trabalhistas, ações da justiça, cobranças monetárias, cobranças de todo tipo de dívida, usado também, para se retirar eguns , axés de miséria e desequilíbrio mental (junto com Yemanjá ).

Dono do acordo, muito requisitado também para promover negócios, acordos, acertos, empreendimentos, vendas. Orixá temido e respeitado por todos.

LENDA DE OYÁ


Iansã Oyá

Iansã é Orixá de um rio, conhecido como Níger. Orixá dos ventos, raios e tempestades, também guerreira. Ágil e agitada como o próprio vento.

Extrovertida e sensual como poucas. Senhora absoluta dos eguns, além de esposa predileta de Xangô, divide com ele o domínio sobre as tempestades.

Destemida, justiceira e guerreira, não teme a nada.

Arquétipos:

Gosta de objetos de adornos, principalmente as bijuterias e o cobre.

Pessoa extrovertida, franca , amante da natureza, engraçada, revela ambição e temperamento forte. São guerreiras e comunicativas. Maníacos por viagens, honestos com modos seguros, deixando os outros em desvantagem. Em geral, são pessoas alegres, audaciosas, intrigantes, autoritárias, sensuais e volúveis. Quando negativas, tendem a ter depressão, inquietude e ciúmes em excesso.

Lendas

Antes de tornar esposa de Xangô, Iansã tinha vivido com Ogum. Encantada com a beleza de Xangô, Iansã decidiu abandonar Ogum e fugir com seu amante. Ogum enfurecido, resolveu enfrentar o seu rival. Mas este último foi a procura de Olodumaré , o deus supremo, para lhe confessar que havia ofendido a Ogum. Olodumaré , interveio junto ao amante traído e recomendou-lhe que perdoasse a ofensa, dizendo você é mais velho que Xangô, devem reservar a sua dignidade junto aos demais Orixás, portanto, não deve se aborrecer nem brigar, deve renunciar a Iansã sem rancores. Mas Ogum não aceitou o pedido de Olodumaré e passou a perseguir os fugitivos, chegando a trocar golpes com Iansã, que foi dividida em nove partes.

Ogum foi caçar na floresta, como fazia todos os dias. De repente, um búfalo veio em sua direção rápido como um relâmpago; notando algo de diferente no animal, Ogum tratou de segui-lo. O búfalo parou em cima de um formigueiro, baixou a cabeça e despiu sua pele, transformando-se numa linda mulher. Era Iansã, coberta por belos panos coloridos e braceletes de cobre. Iansã fez da pele uma trouxa, colocou os chifres dentro e escondeu-a no formigueiro, partindo em direção ao mercado, sem perceber que Ogum tinha visto tudo. Assim que ela se foi, Ogum se apoderou da trouxa, guardando-a em seu celeiro. Depois foi a cidade, e passou a seguir a mulher ate que criou coragem e começou a cortejá-la. Mas como toda mulher bonita, ela recusou a corte. Quando anoiteceu, ela voltou à floresta e, para sua surpresa, não encontrou a trouxa. Tornou à cidade e encontrou Ogum, que lhe disse estar com ele o que procurava. Em troca de seu segredo (pois ele sabia que ela não era uma mulher e sim animal), Iansã foi obrigada a se casar com ele; apesar disso, conseguiu estabelecer certas regras de conduta, dentre as quais proibí-lo de comentar o assunto com qualquer pessoa. Chegando em casa, Ogum explicou suas outras esposas que Iansã iria morar com ele e que em hipótese alguma deveriam insultá-la. Tudo corria bem; enquanto Ogum saía para trabalhar, Iansã passava o dia procurando sua trouxa. Desse casamento nasceram nove crianças, o que despertou ciúmes das outras esposas, que eram estéreis. Uma delas, para vingar-se, conseguiu embriagar Ogum e ele acabou relatando o mistério que envolvia Iansã. Depois que Ogum dormiu as mulheres foram insulta-las , dizendo que ela era um animal e revelando que sua trouxa estava escondida no celeiro. Iansã encontrou então sua pele e seus chifres. Assumiu a forma de búfalo e partiu para cima de todos, poupando apenas seus filhos. Decidiu voltar para a floresta, mas não permitiu que os filhos a acompanhassem, porque era um lugar perigoso. Deixou com eles seus chifres e orientou-os para, em caso de perigo bater as duas pontas; Com esse sinal ela iria socorrê-los imediatamente.

Outra lenda conta que Iansã vivia feliz com ogum, pois os dois tinham muitas coisas em comum, como o gosto pela guerra e o desejo de desbravar novos lugares. Gostavam da companhia um do outro, sentindo-se em harmonia. Com ele, que é conhecedor de todos os caminhos, Iansã aprendeu a andar pela Terra. Gostava muito de vê-lo trabalhar, em seu ofício de ferreiro, tentando aprender como ele confeccionava suas armas e ferramentas. Iansã pedia insistentemente que lhe fizesse uma arma para guerrear. Um dia, ogum a surpreendeu, oferecendo-lhe uma espada curva, que era ideal para seu uso. Isso a agradou muito, tanto que, mais tarde, todo seu exército estava usando esse mesmo tipo de arma. Mas ogum não a levava em suas batalhas, deixando-a sozinha e entediada. Sem falar no tempo que gastava em seus afazeres de ferreiro. Iansã adorava a liberdade, mas, ao mesmo tempo, não dispensava uma boa companhia. Começou a sentir-se rejeitada por ele. Foi nesse momento que Xangô, o grande rei, foi procurar ogum, pois precisava de armas para seu exército. Ele era muito atraente e cuidadoso com sua aparência. Era impossível não notar sua presença. Ogum, aceitando o pedido, começou a produzir armas para Xangô, que tinha muita urgência. Ficaria na aldeia o tempo necessário para o término do serviço. Xangô também notou a presença de Iansã, sentindo uma grande atração por ela. Com seu jeito de ser, aproximou-se dela para trocar conhecimentos a respeito de suas habilidades. Descobriram, nessas conversas, que possuíam muitas afinidades, inclusive que não gostavam de viver isolados, assim como ogum . Iansã estava muito interessada em Xangô e em tudo o que estava aprendendo com ele, mas não queria magoar ogum, a quem respeitava muito. Xangô propôs-lhe uma união eterna, sem monotonia, sem solidão, viajando sempre juntos por toda a Terra. Seria uma união perfeita. Quando ogum terminou seu trabalho, os dois já haviam partido. Ele ficou enfurecido com a traição de ambos, mesmo sabendo que sua companheira não podia ficar cativa para sempre. Partiu atrás deles para vingar sua desonra! Iansã estava vindo ao seu encontro, para explicar-lhe que não poderia mais ficar com ele, pois Xangô a completava, mas que iria respeitá-lo sempre como grande orixá da guerra. Ogum estava tão enfurecido, que não ouviu o que ela dizia, e foi com grande fúria que investiu contra ela, erguendo sua espada. Iansã, em defesa própria, também o atacou. Ela foi golpeada em nove partes do seu corpo, e ogum em sete, formando curas. Esses números ficaram muito ligados a esses orixás, assim como as curas, que foram introduzidas nos rituais africanos (candomblé).

Oferendas: pipocas, maçã, batata doce frita, batata doce assada, rosa vermelha, bandeja enfeita com papel vermelho e branco.

Local de entrega: cruzeiro, mata, cruzeiro de mata, cemitério.

Domínio: responde pelas alianças de qualquer tipo (casamento, acordos, contratos), pela casa de moradia, comércios, dona do giro, do movimento, do sexo.

Responde no cruzeiro com Bará e Ogum, pelas demandas, aberturas e movimento;

No mato com ogum e Xapanã , pelas demandas e descarregos e eguns .

No cemitério com Xapanã , pelo carrego, eguns e

Na pedreira com Xangô, pelo movimento, negócios, demandas, vitórias.

Na Praia com Oxalá, pelas novidades e descobertas.

Iansã é um dos Orixás mais venerados dentro do panteão africano, pois a invocamos muito, para abrir nossos caminhos, para nos tirar de intrigas, para nos dar emprego, para nos dar uma casa, para dar movimento a nossa vida, para dar movimento ao nosso comércio, para nos livras de forças negativas, para nos melhorar sexualmente, para nos tornar mais atraentes, para encontros, casamentos, etc...

LENDA DE OGUM


Ogum
Ogum é o senhor da guerra, dono do trabalho,

porque possui todas as ferramentas oriundas do ferro.

Ogum também é dono das estradas de ferro e caminhos.

Principal protetor dos militares, ferreiros, trabalhadores e

agricultores.

ARQUÉTIPOS:
Os filhos de Ogum possuem temperamento

um tanto violento, são impulsivos, briguentos e custam a perdoar

as ofensas dos outros. Não são muito exigentes na comida,

no vestir, nem tampouco da moradia, com raras exceções.

São amigos, porém estão sempre envolvidos com demandas,

são mestres do atirar verde pra colher maduro, às vezes muito desconfiados, despertam sempre interesse nas mulheres, tem seguido relacionamentos sexuais, mas não são fiéis. Possuem uma energia física muito grande, raramente adoecem, seu lema principal é vencer na vida, não importando qual tipo de trabalho ou esforço para conseguir seus ideais.

LENDAS:
Após retornar de suas batalhas vitoriosas e depois de numerosos anos ausentes. Ogum decidiu voltar a Irê (primeira cidade construída e sob governo de seu filho) quando chegou teve a impressão que ninguém o reconhecia, tentou conversar com seus súditos e foi ignorado. Ogum cuja paciência é pequena, enfureceu-se com o silêncio geral, por ele considerado ofensivo. Começou a quebrar com golpes de sabre os potes e, logo depois, sem poder se conter, passou a cortar as cabeças das pessoas mais próximas, até que seu filho apareceu, oferecendo-lhe as suas comidas prediletas. Quando seu filho lembrou-o que este dia era sagrado e as pessoas não podiam falar por ordem do próprio Ogum. Ogum então lamentou seus atos de violência e declarou que já vivera bastante. Baixou a ponta de seu sabre em direção ao chão e desapareceu pela terra adentro com uma barulheira assustadora. Porém, antes de desaparecer pronunciou algumas palavras. Palavras ditas pelos filhos de Ogum para aclamar sua defesa, caso estejam em perigo.

Frentes: Costela de gado assada, mia-miã (farinha de mandioca torrada com dendê), laranja e pipocas,

Bandeja enfeitada com papel verde e vermelho.

Local de entrega: Cruzeiros abertos (canto), campinas, entradas de matas, matas de praia.

Domínio: A Ogum pertence a demanda, a guerra, a disputa, a vitória, todas as armas de ferro.

Responde no cruzeiro com Bará e Iansã: pelos caminhos, pela defesa, pela vitória;

Responde na mata com Iansã, Obá e Xapanã, pela defesa, cargas, eguns;

Ode, Otim, Ossanha, pela saúde, dinheiro e novidades.

Responde na praia com Oxum, Yemanjá e Oxalá, pelas demandas, dinheiro, clarezas, direção.

Ogum Orixá das demandas, da vitória sobre todas as coisas, sendo ele um Orixá guerreiro, o invocamos, nos casos de guerras(matérias e espirituais), para proteção de casas, estabelecimentos comerciais, brigas entre pessoas, concorrências, eguns, para livrar-nos de inimigos, de feitiços de eguns. Proteção na rua contra acidentes, proteção durante cirurgias, defesa contra assaltos e brigas.

Lenda de Bará


Bará

Bará é o senhor dos caminhos, caminhos que levam, trazem e fazem as pessoas se encontrarem ou se distanciarem. É quem faz com que os ritos sejam cumpridos, principal responsável pela ligação do mundo espiritual

e o mundo material.

Entre dois caminhos, lá está ele, guardando, indicando.

Nada é feito sem antes agradar ao Bará, pois é o único Orixá que faz o elo de ligação entre nós e os demais Orixás. Tanto na passagem, como na comunicação, por isso é considerado o mensageiro.

Bar é um Orixá tão importante quanto todos os outros. Por ser mais ligado com o mundo terrestre, possui certos costumes e temperamentos parecidos com os dos seres humanos.

É erradamente sincretizado pelo Diabo cristão.

Por ser um Orixá que cuida dos caminhos onde percorrem homens, Orixás e espíritos e sendo o elo de ligação entre esses mundos, Bará possui múltiplos contraditórios, sendo bom e mau, astuto, grosseiro, indecente, protetor, alegre, brincalhão, violento...

Devido a esses aspectos, foi sincretizado pelos primeiros missionários, com o diabo cristão.

ARQUÉTIPO:

Os filhos de Bará possuem um caráter imprevisível. Ora são bravos, intrigantes e ficam muito contrariados, ora são pessoas inteligentes e compreensivas com os problemas dos outros.

Não aceitam derrotas, são melindrosos, de temperamento difícil. Se você tiver desentendimento com alguém de Bará, aguardem, que haverá retorno.

Seus filhos precisam estar sempre em atividade para poderem liberar toda energia que possuem.

LENDAS:

Um dia, Oxalá estava cansado de ser zombado e trapaceado por Bará, pois Oxalá era muito orgulhoso e geralmente não agradava Bará por ser um Orixá mais velho. Decidiu combater Bará para ver quem era o Orixá mais forte e respeitado. E foi aí que Oxalá provou sua superioridade, pois durante o combate, Oxalá apoderou-se da cabaça de Bará, a qual continha seu poder mágico, transformando-o assim em seu servo. Desde então, Oxalá permite que Bará receba todas as oferendas e sacrifícios em primeiro lugar...

Uma outra lenda conta que Bará sempre foi o mais alegre e comunicativo de todos os orixás. Olorun, quando o criou, deu-lhe, entre outras funções, a de comunicador e elemento de ligação entre tudo o que existe. Por isso, nas festas que se realizavam no orun (céu), ele tocava tambores e cantava, para trazer alegria e animação a todos.

Sempre foi assim, até que um dia os Orixás acharam que o som dos tambores e dos cânticos estavam muito alto, e que não ficava bem tanta agitação.

Então, eles pediram a Bará, que parasse com aquela atividade barulhenta, para que a paz voltasse a reinar.

Assim foi feito, e Bará nunca mais tocou seus tambores, respeitando a vontade de todos.

Um belo dia, numa dessas festas, os Orixás começaram a sentir falta da alegria que a música trazia. As cerimônias ficavam muito mais bonitas ao som dos tambores.

Novamente, eles se reuniram e resolveram pedir a Bará que voltasse a animar as festas, pois elas estavam muito sem vida.

Bará negou-se a fazê-lo, pois havia ficado muito ofendido quando sua animação fora censurada, mas prometeu que daria essa função para a primeira pessoa que encontrasse.

Logo apareceu um homem, de nome Alabê. Bará confiou-lhe a missão de tocar tambores e entoar cânticos para animar todas as festividades dos Orixás. E, daquele dia em diante, os homens que exercessem esse cargo seriam respeitados como verdadeiros Pais e denominados Alabês.

Frentes:

Milho torrado, pipocas, 07 batatas inglesas assadas, bandeja decorada com papel vermelho.

Local de Entrega:

Cruzeiro de chão batido(de terra), cruzeiros de ruas ou avenidas, no canto...

Domínio: Abre e fecha caminhos, traz e leva coisas ou pessoas, protege casas, pessoas e estabelecimentos, prende ou solta pessoas ou coisas, dono do sangue, falo (pênis, impotência).

A Bará sempre são feitos as primeiras oferendas, pois como a ele pertence o caminho, ( e nada se consegue tendo o caminho fechado), o mesmo precisa estar alimentado (energizado), para que as demais forças possam ir e vir